A narrativa de Paulina Chiziane nasce diretamente da vida com um vigor cativante. Na sua obra aparecem personagens de diferentes classes socias e diferentes cores de pele. O Alegre Canto da Perdiz é exemplar neste sentido. O povo olha para o português como alguém superior, no sentido de ter acesso a conhecimento científico e a outras formas do saber. Por exemplo, nos livros de escola, quando eu estudei no tempo colonial, o branco era representado com chapéu, roupa de safari e uma arma, todo orgulhoso. E o negro era representado com uma saia de peles, sempre uma imagem caricata. Os indivíduos da raça negra eram sempre retratados de maneira a demostrar inferioridade.
A narrativa de Paulina Chiziane nasce francamente da vida com um vigor cativante. Na sua obra aparecem personagens de diferentes classes socias e diferentes cores de pele. O Alegre Canto da Perdiz é exemplar neste sentido. O povo olha para o português quanto alguém superior, no sentido de ter acesso a conhecimento científico e a outras formas do saber. Por lição, nos livros de escola, quando eu estudei no tempo colonial, o lácteo era representado com chapéu, roupa de safari e uma arma, todo orgulhoso. E o negro era representado com uma saia de peles, sempre uma imagem caricata. Os indivíduos da raça negra eram sempre retratados de método a demostrar inferioridade. Tenho hoje 59 anos, quando a independência aconteceu eu tinha
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